FAMÍLIA CORREIA (PINTO) DA PENAJÓIA |
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RAMO MIRANDA
Deolinda
Correia
Deolinda Correia,
irmã do meu avô, casou com António Dinis Miranda, por alcunha “O
Marujo”, conforme referido no Capítulo III – Os Ancestrais Correa e
Correia (Pinto) – e deram início ao Ramo Miranda da família.
Rosa
Correia da Silva António Dinis Miranda educou as suas
filhas nos mais rigorosos preceitos da religião católica, obrigando-as a ir à
missa, todos os domingos. Para confirmar se elas tinham cumprido com a obrigação,
perguntava-lhes, ao chegarem a casa, qual era a cor dos paramentos do padre na
missa desse domingo. (não se sabe se previamente ele tratava de saber essa cor
para não ser enganado e, assim, ter a certeza que as filhas tinham ido à missa
ou se tal pergunta apenas funcionava como efeito psicológico) Como já referido, tiveram seis filhas de
nomes: Isaura Correia Miranda, Rosa Correia da Silva, Amélia Correia da Silva
(minha avó), Delfina Correia, Ana Correia e Maria Correia da Silva. Ana Correia, foi a única filha que não
chegou a casar. Dela não tenho quaisquer dados biográficos
para apresentar. Rosa Correia da Silva,
foi casada com António Silva, meu avô materno. Após a sua morte, faleceu jovem, meu avô
casou com a minha avó Amélia Correia da Silva. Isaura Correia Miranda (n.
?) casou com Serafim da
Antónia Correia Miranda
(n. 27/10/1917) que casou com Gervásio da Silva Cardoso (n. 16/10/1916). O
casal teve um único filho:
- Manuel
Miranda Cardoso (n. 28/1/1940). Foi casado em primeiras núpcias com
Maria Deolinda Gomes Fernandes Pereira (n. 16/9/1939), havendo deste casamento
uma filha, Cândida Maria Pereira Cardoso (n. 28/2/1959) e dois netos, Francisco
Miguel Cardoso Rodrigues (n. 15/2/1979) e Mónica Rute Cardoso Rodrigues (n.
1/3/1984). O segundo e actual casamento foi com Maria Esilda da Sousa Peixoto
Cardoso (n. 7/3/1944). Têm um filho, Fernando Alberto Peixoto Cardoso (n.
24/2/1968) cc Maria da Conceição Ganga Lima Cardoso (n. ?). O casal possui uma
filha, Ana Mafalda Lima Cardoso (n. 16/1/1963).
José da Silva Quadros
(n. 28/4/1915) cc Maria Barbosa de Araújo. Tiveram dois filhos, a saber:
- José
Araújo da Silva Quadros (n. 19/3/1942) cc Eugénia Amélia da Rocha
Marques (n. 1940), faleceu em 17 de Março de 2003. O casal teve quatro filhos:
Rosa Maria da Rocha Quadros (n. 1968) cc Joel Filipe Amorim (n. 1961), com três
filhos: Inês Quadros Amorim (n. 1996), Pedro Quadros Amorim (n. 1999) e Matilde
Quadros Amorim (n. 2002); Zulmira Celeste da Rocha Quadros (n. 1969) cc César
Simão Brito Teixeira Sousa e Silva (n. ?). Sem filhos; Sandra Maria da Rocha
Quadros (n. 1974), solteira; Ricardo Filipe da Rocha Quadros (n. 1980), também
solteiro.
- Rosa
Irene Araújo da Silva Quadros da qual apenas me informaram ser casada
com um senhor de nome Armando e ter dois filhos de nomes António e Manuel.
Júlia da Silva Quadros de Sousa (n. 26/5/1924) cc João Inácio de Sousa (n. 19/7/1925). Já falecidos os dois, respectivamente em 29/11/1996 e 29/12/1997.
Tiveram um único filho:
- Augusto
Martinho da Silva e Sousa (n. 4/12/1946) cc Rosa Maria Nobre Mimo da
Silva e Sousa (n. 9/11/1946) em 26 de Dezembro de 1964. Têm dois filhos: João
Pedro Mimo de Sousa (n. 17/9/1969) cc Patrícia Carneiro da Silva e Sousa (n.
9/2/1970), com um filho de nome João Paulo da Silva e Sousa (n. 2/5/2004); Ana
Rita Mimo de Sousa Botelho de Amaral (n.28/9/1972) cc Pedro Vieira Marques
Botelho de Amaral (n. 7/6/1967), com dois filhos gémeos: Bernardo e Francisco
de Sousa Botelho de Amaral (n. 25/10/2003).
Amélia
Correia da Silva
António
Silva Amélia Correia da Silva
(n. 21/3/1891), minha avó materna, cc António Silva (n. 7/7/1881). Este já
havia sido casado com uma sua irmã, Rosa Correia da Silva, como foi referido
anteriormente. A avó Amélia faleceu em 1957, com 66
anos de idade e o avô António faleceu 10 anos antes, em 1947. Vivi com estes meus avós até à morte do
avô. Depois a avó veio para a companhia dos meus pais, com quem viveu até
falecer.
Foto de 24 de Fevereiro de 1918 (Da esquerda para a direita: Alice (prima
do meu avô), a tia Palmira com perto de cinco anos, a mãe do meu avô Ana
Loureiro da Silva, a minha avó Amélia, a minha mãe com três anos e o meu avô
António Silva. O meu avô era muito bem disposto e
gostava muito de passear. Naquele tempo, os passeios para fora do
Porto eram raros e constituiam um acontecimento importante na vida das pessoas. Este passeio aconteceu em 1931, tinha a
minha mãe dezasseis anos e a sua irmã Palmira dezoito. O meu avô era alfaiate, gostava de me
vestir com confecções dele, de me levar ao café Progresso na esquina do Largo
Moinho de Vento (onde eu pedia ao empregado um café e um bagacinho para o meu
avô tomar), de me levar ao Jardim da Cordoaria a assistir aos concertos
proporcionados por bandas de música, ao domingo. Ensinou-me
os números dos carros eléctricos e respectivos destinos e quando íamos viajar
neste meio de transporte, era certo que havia, para admiração das pessoas que
presenciavam a cena, uma sessão de perguntas do género: - Fernando, que número é este eléctrico? - Seis. - Para onde vai? - Monte dos Burgos.
Quando não acompanhava o meu avô, à
hora da sua chegada, eu estava atento e, quando o via no largo das Taipas, saía
de casa a correr ao seu encontro para procurar o mimo que sempre me trazia num
dos seus bolsos e que eu tinha de encontrar. Eu tinha muito carinho pelo meu avô e era
retribuído intensamente. Com a minha avó a viver connosco, foi a
segunda parte da minha educação, rigorosa, disciplinada, mas também com amor.
Como os meus pais trabalhavam no duro, a minha educação foi confiada à minha
avó, em complemento com os meus pais, até ela adoecer. (Em baixo, as irmãs Palmira, Amélia e Emília no dia da respectiva comunhão solene)
Palmira Ester Miranda da Silva
(n. 22/7/1913) cc Alberto Artur Quaresma (n. ?) em 22 de Abril de 1938. Tiveram
um filho, Alberto Quaresma (n. 1939), falecido com dez meses de idade, vítima
do garrotilho tuberculoso (As respectivas fotos apresentadas acima) Faleceram
todos jovens. Primeiro, o tio Alberto com uma congestão pulmonar que
tuberculizou, depois o filho de ambos e, com 27 anos de idade, também
tuberculosa, a tia Palmira. Maria Amélia Miranda da Silva (n. 20/7/1915) cc António Correia Pinto Júnior (n. 3/2/1913) em 28 de Julho de 1940. Deste casamento nasci eu, Fernando António da Silva Correia (n. 3/7/1941) cc Maria de Lourdes Morais Pinto Hespanhol da Silva Correia (n. 8/4/1940), em 29 de Março de 1964 e sem descendência. A
minha mãe tem presentemente noventa anos e é, actualmente, o membro mais idoso
da família Correia (Pinto).
Maria
Encontra-se na minha companhia desde o
falecimento do meu pai, tem uma memória excelente para a idade e, como ficou
dito na Introdução, os factos narrados por ela para esta obra foram imprescindíveis
para a enriquecer na narrativa de acontecimentos familiares. Sem a sua preciosa
ajuda, a qualidade da narrativa teria sido muito mais pobre. Em toda a sua vida foi sempre uma pessoa
muito dinâmica, empreendedora, amiga de saber mais e a grande mulher que
acompanhou o meu pai em toda a sua vida. Por gostar muito de provérbios, depois de
enviuvar, publicou um pequeno livro, intitulado “Os
Mais Conhecidos Provérbios e Ditos Populares Portugueses”, em Fevereiro
de 1997, onde no respectivo prefácio eu escrevi: “Maria
Amélia Miranda da Silva, nasceu a 20 de Julho de 1915, na freguesia de
Paranhos, concelho do Porto. É
viúva há catorze anos, considera-se “tripeira de gema”, adepta ferrenha do
Futebol Clube do Porto e grande entusiasta dos usos e costumes da cidade onde
nasceu e de toda a região norte de Portugal. A
ideia desta recolha de alguns conhecidos Provérbios e Ditos Populares
Portugueses, surgiu-lhe há alguns anos ao constatar que, todos os dias, muitas
pessoas sempre mencionam um provérbio ou um dito popular nas suas conversas
umas com as outras e pouca literatura existe sobre o assunto. Por
insistência de alguns amigos e familiares e a colaboração de todas as pessoas
que contactou e a quem solicitou ajuda, meteu mãos à obra e com muita força
de vontade e sem desfalecimentos, de louvar numa pessoa desta idade, conseguiu
dar à capa este livro despretensioso, no qual colaborei com muita alegria e
para o mesmo escrevi este modesto prefácio. Os
meus parabéns à minha mãe. Fevereiro
de 1997 Fernando
Correia”
- Emília
Rosa Miranda (n. 15/7/1918) cc António León Alfonso (n. 22/6/1917) em O tio Alfonso sobreviveu-lhe 41 anos, tendo falecido em 10 de Julho de 1991. António Léon Alfonso era natural da vila
de Almendral, província de Badajoz, Espanha. Era filho de António Léon Gomez, nobre
da casa dos Léons de Almendral e de Catalina Alfonso Nuñez. Mesmo assim, poderia ter ido para a guerra
mas não foi, graças a um pedido. Já namorava com a tia Emília, com quem
casou dois anos depois. Tiveram quatro filhos: Juan António,
Ricardo, Maria Após a morte da tia Emília, o tio
Alfonso casou, em segundas núpcias, com Júlia Almeida Pinto Ribeiro (n.
30/7/1929) e deste casamento não houve descendência.
Apresentam-se as fotografias dos tios Emília e Alfonso e de seu filho Juan António
- Juan António da Silva Léon, nasceu
em 1941. Ao deitar a mão a uma chávena de leite a
ferver, queimou-se gravemente. Foi tratado numa farmácia mas apanhou o tétano
e faleceu. Tinha catorze meses de idade. - Ricardo
António Léon Silva (n. 10/5/1944) cc Maria Eduarda Rodrigues Borges
(n. 24/3/1942) em 1963. Este casamento foi posteriormente anulado
pela Santa Sé por diligências efectuadas pela família da esposa e do pai do
Ricardo, baseado nos desentendimentos do casal e pelo facto do Ricardo ter sido
coagido a casar, por seu pai, aos dezanove anos de idade. Tiveram uma filha, Ana Margarida Borges da
Silva Léon (n. 18/10/1964) cc António Manuel Gomes e Simões de Melo (n.
7/11/1965) em 7 de Setembro de 1991. Têm dois filhos: Pedro Bernardo Borges Léon
Gomes de Melo (n. 30/4/1997) e Tiago Manuel Borges Léon Gomes de Melo (n.
15/3/1999).
- Maria
Amélia Léon da Silva (n. 23/6/1949) cc Américo Zeferino da Silva
Oliveira (n. 12/5/1951) em 15 de Janeiro de 1972. Encontram-se divorciados e têm
um único filho: Igor Léon Oliveira (n. 15/5/1977) cc Sónia Alexandra Cardoso
da Silva (n. 27/1/1977) em 1999. Não têm filhos. Tanto o Ricardo como a Maria Amélia eram
portugueses pelo nascimento e chamavam-se Ricardo António da Silva Léon e
Maria Amélia da Silva Léon. Quando optaram pela nacionalidade
espanhola que é matronímica (em último lugar aparece o nome da mãe) trocaram
os apelidos pelos que usam hoje.
- Maria
de Fátima Miranda Alfonso (n. 10/7/1951) cc José Maria Pujadas
Martinez (n. ?) em 28 de Maio de 1970. Seu marido faleceu (não sei a data) e
deste casamento há um filho, Jordi Pujadas Miranda (n. 20/3/1971) cc Sandra
Kornfuhrer (n. ?), com um filho, Marvin Pujadas Kornfuhrer (n. 24/12/1993). Estão
divorciados. Casou, em segundas núpcias, com Gina Licausi (n. ?) em 9 de Agosto
de 2003. Têm um filho, Joan Ramon Pujadas Miranda (n. 23/2/2005) que é,
actualmente, o mais novo membro da família. Maria de Fátima casou em segundas núpcias, em 27 de Janeiro de 1971, com Jordi Vallés Queralt (n. 18/5/1940) e não têm descendência.
O
tio Alfonso, sua mãe, seu pai adoptivo e a tia Emília, encontram-se
sepultados, Desta familiar, também, poucos dados
biográficos tenho. Maria Correia da Silva Também são poucos os dados biográficos
que possuo sobre esta tia da minha mãe, a chamada tia Micas. No segundo matrimónio, casou com um
senhor que era dono de uma loja de azeitonas na Ribeira do Porto, de nome “A
Azeitoneira” e já tinha uma filha de nome Guilhermina. Era costureira na rua de S. Miguel e, após
o segundo casamento, deixou a costura e foi gerir a azeitoneira com o marido e,
mais tarde, após a morte deste, com a sua enteada Guilhermina. |